Em entrevista ao Lancenet, portal de um jornal brasileiro, a antiga estrela de FC Porto e Sporting, aos 40 anos, revela pormenores acerca do grande problema que o acompanha há muito. Fala ainda sobre a seleção brasileira e... Cristiano Ronaldo.
Fotografia retirada de www.lancenet.com.br
Tudo começou em 1988. Jardel estava de férias, em Fortaleza, e participava num churrasco. Influenciado por "amizades ruins", decidiu experimentar cocaína e desde aí nunca mais teve descanso. O departamento médico do FC Porto, clube onde alinhava na época, tinha conhecimento do vício. «Eu fazia exames todos os dias antes do treino. Fiquei fechado um mês dentro da concentração para me recuperar», afirmou em declarações ao Lancenet.
A última recaída foi há cerca de dois anos. Neste momento, o antigo avançado vai ao psiquiatra uma vez por semana e garante estar praticamente recuperado. Ainda assim, admite que a luta é complicada e revela até que já esteve perto da morte.
«Um dia eu abusei. Tive alucinações e fiquei com medo. Não é fácil, é uma luta diária».
O problema com as drogas atormentou o brasileiro na vida pessoal, mas também a nivel profissional.
«Se não fosse a cocaína, hoje eu ainda estaria a jogar».
'Super-Mário' tem acompanhado a seleção brasileira no Mundial 2014. Ainda não está totalmente convencido com as exibições, embora se sinta satisfeito pela trajetória feita até ao momento. Mário Jardel acredita que teria capacidade para ser titular neste 'escrete canarinho' e não lamenta o fato de nunca ter participado num Campeonato do Mundo.
«Nesta seleção, eu tinha grandes possibilidades de jogar de início. Na minha época era muito mais difícil. Havia Ronaldo e Romário, então eu viajava apenas para me sentar no banco. Mas falta uma 'Copa' no meu currículo. No entanto, não lamento. Apenas fico a rir. Fui artilheiro da Europa, do Mundo e não fui para uma 'Copa'. Em qualquer outro país, eu iria».
Na entrevista ao jornal brasileiro, Mário Jardel fala também sobre Cristiano Ronaldo.
«Eu estava no Sporting quando o Ronaldo começou a aparecer. Ele continua a mesma pessoa: vaidoso, um pouco convencido, mas temos de respeitar, porque todos têm a sua forma de ser. Ele não foi meu cunhado por pouco. Namorou com a minha irmã durante um ano. Na época, ele não tinha nada. O ídolo era eu. Ele entrava no segundo tempo».

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